O Rapto de Proserpina é uma escultura de Gian Lorenzo
Bernini (1598-1680), considerado um dos maiores artistas do século
XVII, tendo seu trabalho quase todo centrado na cidade de Roma.
O mito romano do rapto de Proserpina por Plutão
é uma lenda que também aparece na cultura grega, onde Plutão se chama Hades e Proserpina é Perséfone, que encantou o
obscuro deus com sua beleza, filha da deusa das colheitas Deméter. Ela é então
raptada e levada para as profundezas da Terra, deixando sua mãe
enfurecida. O rapto fez com que Deméter castigasse o mundo, arrasando com as
plantações, entregando o mundo ao caos e à fome. Conta-se que Perséfone não
podia comer nada que lhe fosse oferecido ou ela nunca mais voltaria para casa.
Enquanto Zeus tentava convencer
Plutão a liberar a moça, Perséfone comeu algumas sementes de romã, selando o seu
destino. Assim, ela se viu obrigada a casar com Plutão, o que deixou Deméter
ainda mais furiosa.
Zeus teria então interferido. Perséfone passaria metade do ano com o
marido e a outra metade com a mãe. Dessa maneira, Deméter aceitou e assim os
gregos explicavam as épocas do ano. Quando era verão e primavera, sua filha
estava ao seu lado. No inverno
e no outono, épocas frias, sem
colheitas, Perséfone estava com o marido.
A obra encontra-se na Galleria Borghese, em Roma.
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Tem um detalhe dessa escultura que é maravilhoso: uma trasmutação da carne em pedra que fixa eternamente o contato entre corpos que se rechassam em agressão divina e se encontram em toques de paixão humana.
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